“Terrace” / “Terraço”
Sob o vácuo dormente,
Intermitente,
As névoas avermelhadas sobem
Escorrendo pela ordem inversa do tempo.
O céu pintalgado de esperança.
Cavalgo a uma velocidade inerte,
Um turbilhão parado neste momento.
Inspiro,
Expiro,
Não o consigo prender em mim.
Só a vontade do universo o faz voltar,
Hoje, amanhã,
Nalguém,
Porventura, quem?
Ninguém.
És tu que te tornas névoa,
Trepas pelas tramas incertas, inversas
E pões o mundo à imagem do tempo,
À margem da esperança.