“Alcohol” / “Alcóol”

Levitamos nesta vida

Perdemos nos na gasosidade da liquidez

No traçado do terreno

Dos adornos pirosos e soberbios

Do elástico

Que nos une  o cérebro

Com tais dúvidas, receios e cordas

Que nos amarram tão profundamente

Em cicatrizes curvadas para o fundo de nós

E tropeçamos em pedaços tão podres de personalidade

De identidade

Que os perdemos numa guerra sem inimigo

Sem qualquer e mínima

Importância.

Ninguém vai medir

O que sofreste na vergonha indigna e pura

Tão sentida pelo vento e por todos os que viram

E sentiram

No pelo e no âmago

Essa cura

Essa dor perene

Eterna

Que na manhã nos abandona

E só ficamos sós.

Tu,

Nós.